Ter insônia pode ser um verdadeiro pesadelo para muitas pessoas. Por isso, é surpreendente imaginar que alguém que passou a maior parte da vida sem dormir tenha conseguido viver até os 94 anos.
Esse é o caso de Albert E. Herpin, um homem de Trenton, Nova Jersey, que alegava ter passado 30 anos sem dormir uma única hora. Devido a essa extraordinária característica, ele ficou conhecido como “O Homem que Nunca Dormiu”.
A história de Albert E. Herpin,o Homem que nunca dormiu
Albert E. Herpin nasceu em Paris em 1862, mas passou a maior parte de sua vida em Nova Jersey, onde faleceu em janeiro de 1947. Embora tenha afirmado nunca ter dormido, a causa dessa condição de saúde permanece desconhecida até hoje.
A história intrigante sobre o homem que nunca dormiu foi Em um artigo publicado pelo The New York Times em 29 de fevereiro de 1904.
Relatou-se que “Albert Herpin, nascido na França em 1862 e que por quinze anos foi um cavalariço a serviço do Freeholder Walter Phares desta cidade, afirma não ter dormido um minuto durante os últimos dez anos. Apesar disso, ele está em perfeita saúde e não aparenta sofrer qualquer desconforto devido à sua condição notável.”
No entanto, de acordo com um artigo do The Evening World de Nova York, publicado em abril de 1912, Herpin começou a sentir cansaço somente depois de 30 anos. O texto mencionava: “Ele diz estar fisicamente fraco e acredita que um cochilo de apenas cinco minutos lhe daria uma nova vida.”
Embora Herpin não demonstrasse desejo de dormir – e aparentemente não sentisse falta dessa função essencial para a saúde, recomendada pelos médicos como pelo menos 8 horas diárias – ele passava as noites lendo jornais em sua poltrona ou trabalhando como fabricante de cerâmica. Relatos documentam que ele nunca parecia sonolento.
Por que Albert E. Herpin não dormia?
Devido ao afastamento temporal, a documentação sobre o caso de Herpin é limitada. No entanto, existem alguns relatos históricos, como os artigos já mencionados. O texto de 1912 indica que Herpin não dormia no ano de 1882, após a morte de sua esposa, quando ele tinha apenas 30 anos.
Além disso, um relatório de 1936 sugere que sua falta de sono pode ter começado desde o nascimento. O relatório mencionava que “sua mãe estava preocupada, pois todos os outros membros da família dormiam normalmente”. Médicos teriam atendido Herpin, mas nada de anormal foi constatado.
A imprensa de sua época conserva declarações de Herpin sobre a sua condição. Segundo ele, em entrevistas com repórteres: “Não acredito que um homem precise dormir; além disso, estou convencido de que viverei uma vida longa sem isso.”
Entretanto, até alguns dias atrás, quando comecei a me sentir cansado, eu me sentia tão bem quanto na minha juventude. Para ser honesto, eu realmente odiaria precisar dormir uma parte da minha vida. Além disso, acredito que consigo pensar e trabalhar melhor à noite do que durante o dia.
”Nunca estive realmente doente ao longo da minha vida, e, portanto, estou certo de que sou tão forte hoje quanto qualquer homem da minha idade nesta cidade.”
De fato, Albert E. Herpin viveu uma vida longa e faleceu em 3 de janeiro de 1947, aos 94 anos. Seu obituário, publicado no The New York Times, destacava: “Hoje, a morte chegou para Al E. Herpin, um recluso que residia nos arredores da cidade e alegava nunca dormir.
Aos 94 anos, ele explicou sua suposta ‘insônia’, afirmando que nunca realmente cochilava, mas apenas ‘descansava’. Vale notar que nenhuma outra pessoa com insônia total viveu por um período tão extenso.
Verdadeira ou não, o homem que nunca dormiu não teve sua morte influenciada pela insônia, provável que tenha sido causada por outros fatores e não pela privação de sono.
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