Um dos métodos de execução mais terríveis usado na China antiga, chamado Lingchi conhecido como a ”morte de mil cortes”, foi utilizado por mais de mil anos.

Método de Execução

Durante a Dinastia Tang, na China, foi criado um meio de tortura que perdurou até a sua abolição, em 1905. Lingchi, mais conhecida como “Morte por mil cortes”, consiste em um método brutal usado geralmente na época de guerra civil, para espiões descobertos e que deviam ter uma morte dolorosa.

Para isso, eram usadas facas com lâminas finas e afiadas para a realização de diversos golpes que debilitavam parte do corpo do adversário. A causa da morte se dava por hemorragia ou falência de órgãos.

No processo a vítima era atada em um tronco de madeira e sujeita a uma série de cortes que inicialmente seriam superficiais em várias partes do corpo. O objetivo não era matar a pessoa imediatamente, mas sim prolongar por todo tempo necessário a dor e o sofrimento. Os cortes eram feitos para evitar a morte rápida, e a execução podia durar várias horas ou até dias.

Cada corte era planejado e possuia uma técnica para ser doloroso e não letal, com o objetivo a manter a vítima consciente para que sofresse o máximo possível antes de morrer por hemorragia, infecção ou choque. À medida que o processo continuava, cortes mais profundos eram feitos em áreas vitais.

Contexto Histórico

A origem da prática do Lingchi começou durante a dinastia Tang (618–907 d.C.) e foi empregada durante as dinastias seguintes, incluindo as dinastias Ming (1368–1644 d.C.) e Qing (1644–1912 d.C.).

A prática do Lingchi era reservado para crimes como traição, assassinato e outros crimes que o regime considerava particularmente graves. Era um meio de mostrar a severidade da punição e servir como um exemplo público.

Abolição e Impacto

Hoje, o Lingchi é amplamente considerado uma forma de tortura e uma violação dos direitos humanos. A prática de Linchi tem sido condenada há muito tempo pela comunidade internacional como uma forma cruel e desumana de punição.

Foi abolido em 1905, embora ainda seja usado às vezes em algumas partes do mundo como forma de pena capital. Continua a ser uma das formas de punição mais infames da história chinesa.

Serve como um lembrete da brutalidade e crueldade dos castigos antigos que outrora foram utilizados ao longo da história para transmitir “justiça” e a importância de proteger a dignidade humana e o direito à vida.