Erwin Tumiri, um dos seis sobreviventes da tragédia da Chapecoense, escapou de acidente de ônibus em 2021; relembre a queda de avião da Chapecoense
Em 2021, Erwin Tumiri, um dos seis sobreviventes do trágico acidente aéreo da LaMia em novembro de 2016, que vitimou 71 pessoas, incluindo parte do time da Chapecoense, viveu, novamente, mais um episódio de risco de vida. No dia 2 de março daquele ano, o ônibus em que ele viajava, e do qual Erwin Tumiri incrivelmente escapou, sofreu um grave acidente na rodovia Cochabamba-Santa Cruz.
Conforme noticiado na época pela emissora de TV Red Uno, afiliada da CNN, Tumiri estava entre os 45 passageiros do ônibus que, infelizmente, despencou em um barranco de 150 metros no quilômetro 72 da estrada interdepartamental, na região conhecida como El Cañadón. Surpreendentemente, ele escapou mais uma vez, mostrando uma incrível sorte em escapar desse acidente de ônibus.
O acidente
Em entrevista à Red Uno, diretamente da clínica onde se recuperava, Tumiri descreveu o momento do acidente: “Agarrei-me ao assento e inclinei-me para trás”. Ainda assim, ele expressou sua incredulidade ao emergir ileso mais uma vez: “Mais uma vez, não posso acreditar”, afirmou. “Sinto-me muito abençoado”, acrescentou, ao refletir como resultado de ter escapado mais uma vez de um acidente de ônibus.
Quando questionado sobre suas reflexões em relação ao acidente aéreo da LaMia, Tumiri revelou sua fé: “O que eu sempre faço, mesmo nessa hora, é me entregar a Deus e nada vai acontecer comigo”. Escapar milagrosamente de um acidente de ônibus lhe deu ainda mais certeza sobre isso.
Tumiri estava em recuperação na clínica Arébalo em Cochabamba. Em seguida, segundo a Red Uno e confirmado pela CNN, ele chegou a passar por uma cirurgia e encontrava-se em estado estável.
O acidente da Chapecoense
No documentário “Dossiê Chapecó: O Jogo Por Trás da Tragédia”, Tumiri, que era comissário, relembrou o trágico acidente que vitimou grande parte do time da Chapecoense. Ele comparou o sentimento de medo e surpresa que teve ao escapar do acidente de ônibus com o vivido durante a queda de avião.
“Esperamos a chegada do time da Chapecoense. Nesse meio tempo, já eram seis da tarde, e tivemos problemas com o combustível. Não havia combustível em um caminhão, então trouxeram outro caminhão. Eram tantas travas que parecia até que algo nos dizia que não, que não saíssemos, que não fôssemos”, disse ele.
Além disso, ele explicou o que sentiu quando começou a perceber as ‘vibrações’ na aeronave.
“Ouvíamos o silêncio. De repente, o avião começou a vibrar. Naquele momento, pensei que eram apenas vibrações, pois estava chovendo. Pensei: ‘Não, ainda não aterrissamos, o que está acontecendo?’. Comecei a me inquietar com as coisas”, afirmou ele, refletindo sobre a queda de avião da Chapecoense.
Anteriormente, em 2016, durante entrevista ao jornal boliviano La Razón, o boliviano revelou como se protegeu no momento da queda.
“Sobrevivi porque segui todos os protocolos de segurança – disse o comissário de bordo. – Com a situação de pânico, muitos se levantaram dos assentos e começaram a gritar. Coloquei umas malas entre as pernas e fiquei na posição fetal, recomendada para acidentes”, explicou Tumiri, que recentemente escapou de acidente de ônibus.
As investigações sobre a tragédia aérea concluíram que o avião não passou por um problema técnico; a queda ocorreu diante de uma pane seca resultado do esgotamento de combustível. Este evento trágico destacou a vulnerabilidade da tripulação durante acidentes, contrastando mais uma vez com a sorte de Tumiri em escapar de acidente de ônibus.
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